DEFINIÇÃO

Derrame pleural é o acúmulo de líquido no espaço pleural.

Normalmente, o espaço pleural contém uma pequena quantidade de líquido que não é radiograficamente evidente.

SINAIS E SINTOMAS:

  • Dor
  • Dispnéia
  • Tosse
  • Derrame

TIPOS

  • Derrames Pleurais Transudativos
    Resultam da alteração dos fatores hidrostáticos e oncóticos que aumentam ou diminuem a absorção de líquido pleural. Ex.: Cirrose ou Insuficiência cardíaca.
  • Derrames Pleurais Exsudativos
    Ocorre quando a lesão ou a ruptura das membranas pleurais normais ou da vasculatura leva a permeabilidade capilar aumentada ou drenagem linfática diminuída. Ex.: Trauma.
  • Derrames Parapneumônicos
    São exsudatos que se desenvolvem secundariamente a infecções pulmonares. Os pacientes com pneumonia e um derrame pleural deverão se submeter a exames diagnósticos rápidos por que um espaço pleural infectado (empiema) precisa ser tratado sem demora.
  • Derrames Pleurais Malignos
    Surgem do envolvimento tumoral da pleura ou do mediastino. Os pacientes com malignidade também estão em risco aumentado de derrames pleurais por pneumonia pós-obstrutiva, embolia pulmonar, quilotórax e reações medicamentosas ou à radiação.

CAUSAS

Embora o derrame pleural ocorra em uma grande gama de estados patológicos, 90% deles são o resultado de apenas cinco doenças:

  • 36% – Insuficiência cardíaca congestiva;
  • 22% – Pneumonia;
  • 14% – Malignidade;
  • 11% – Embolia pulmonar;
  • 07% – Doença viral.

QUADRO CLÍNICO

A causa do derrame geralmente dita os sintomas, embora os pacientes possam estar assintomáticos.

Dor nas áreas locais (intercostais), distribuídas (ombro) ou referidas (frênica).

Dispnéia (podendo ser desproporcional ao tamanho do derrame).

Tosse (pode ocorrer).

Ao exame do tórax, macicez à percussão, sons respiratórios diminuídos.

DIAGNÓSTICO

O quadro clínico é primordial para estabelecer um diagnóstico adequado.

Achados na história ou no exame físico sugestivos de insuficiência cardíaca congestiva, malignidade, pneumonia, embolia pulmonar, infarto do miocárdio, cirurgia, cirrose proporcionam indícios importantes para o diagnóstico.

Detectados pela Radiografia de Tórax (turvação do ângulo costofrênico ou opacificação da base do hemitórax.

Ultrassonografia torácica (uma das melhores modalidades para se avaliar as loculações do líquido pleural. Pode fornecer em tempo real para os procedimentos pleurais, reduzindo assim as taxas de complicações e de fracasso da toracocentese.

Tomografia Computadorizada de tórax (com contraste, ajuda a diferenciar o líquido pleural das massas pulmonares e do pulmão atelectásico, ajudando a definir a extensão do espessamento pleural).

Toracocentese (para análise do líquido pleural).

Biópsia pleural fechada (pouco acrescenta ao resultado, exceto em diagnóstico de tuberculose).

Toracoscopia diagnóstica (substitui a biópsia pleural fechada. Permite biópsias dirigidas que aumentam o rendimento diagnóstico para processos malignos.

Outros: Avaliação da função hepática e renal; Ecocardiografia.

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