SINAIS E SINTOMAS:
- Dor torácica
- Tosse
- Encurtamento da respiração
- Falta de ar
- Agitação
- Cansaço
- Aceleração coração
- Cianose
Raio-X de paciente com pneumotórax do lado esquerdo
Pneumotórax do lado esquerdo (lado direito da imagem) em Tomografia computadorizada do peito. Um tubo peitoral está colocado no lado do peito, a sua luz (preto) pode ser vista adjacente à cavidade pleural (preto) e costelas (branco). O coração pode ser visto no centro.
Na medicina (pneumologia), pneumotórax ou pulmão colapsado é uma emergência médica causada pela presença de ar na cavidade pleural, ocorrendo como resultado de uma doença ou lesão.
Eventualmente, nos casos de empiema pleural, há formação in loco de pequenas bolhas de gases proveniente de fermentação pútrida. Mais raramente ainda, existem pequenos orifícios naturais, através do diafragma, que comunicam a cavidade peritonial à cavidade pleural. O pneumoperitônio pode se difundir através desses orifícios originando o pneumotórax.
- Pneumotórax é a presença de ar/gás na cavidade pleural.
- Pneumomediastino é a presença de ar/gás no mediastino.
- Pneumopericárdio é a presença de ar/gás na cavidade do pericárdio.
HISTÓRIA
Itard (1803) introduziu o termo pneumotórax na literatura médica e Laennec (1819) o reconheceu como entidade clínica. Naquela época, acreditava-se que a etiologia do pneumotórax era a tuberculose. Entretanto, Kjaegaard (1932) estabeleceu ser o pneumotórax uma entidade clínica distinta da tuberculose.
FISIOPATOLOGIA
A cavidade pleural é hermética e laminar, e o espaço entre as duas pleuras existe o líquido pleural.
Os pulmões permanecem expandidos na cavidade pleural devido à pressão negativa que varia de -3 a -12 mmHg durante todo o ciclo respiratório. Portanto, a pressão intrapleural negativa contrapõe-se à retração elástica dos pulmões.
A formação do derrame gasoso, após a rotura pleural, eleva a pressão intrapleural e o pulmão tende ao colapso. Um pneumotórax de grandes proporções ou um pneumotórax aberto tende a aumentar progressivamente a pressão intrapleural ocasionando o colapso do pulmão, desvio do mediastino, compressão venosa, queda do débito cardíaco e hipotensão arterial.
O pneumotórax espontâneo hipertensivo se forma em decorrência do mecanismo de válvula unidirecional que só permite a passagem do ar do pulmão para a pleura, e que, portanto, necessita de tratamento de emergência.
CLASSIFICAÇÃO
O pneumotórax pode ser classificado quanto a etiologia em:
- Pneumotórax espontâneo primário;
- Pneumotórax espontâneo secundário;
- Pneumotórax traumático;
- Pneumotórax iatrogênico;
- Pneumotórax induzido ou terapêutico.
O pneumotórax espontâneo pode ser dividido em:
Pneumotórax espontâneo primário e pneumotórax espontâneo secundário.
O pneumotórax espontâneo primário ocorre em paciente hígido aparentemente sem doença pulmonar, e o pneumotórax espontâneo secundário está associado a doença pulmonar preexistente.
O pneumotórax traumático é decorrente das feridas ou contusões torácicas.
O pneumotórax iatrogênico é causado pelo emprego de métodos propedêuticos ou terapêuticos invasivos ou pelo uso da ventilação mecânica, nesta classificação inclua-se o Pneumotórax em recém-nascido.
O Pneumotórax induzido ou terapêutico é aquele produzido intencionalmente.
OUTRAS FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO
- EVOLUÇÃO: Estável ou Progressivo;
- VOLUME: Parcial ou total;
- PRESSÃO INTRAPLEURAL: Normotenso ou hipertensivo;
- ADERÊNCIAS: Livre ou Septado;
- ASSOCIAÇÃO COM DERRAME PLEURAL: Transudato, Exudato, Hemotórax ou Quilotórax;
- UNILATERALIDADE OU BILATERALIDADE (Ulterior ou simultâneo);
- COMUNICAÇÃO MEIO AMBIENTE: Aberto ou Fechado.
TRATAMENTO
A drenagem pleural fechada sem selo d’água é o tratamento básico para a remoção de gases ou líquido entre as pleuras, com o uso de um sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal.
O tratamento básico para a estabilização desta patologia é essencialmente a remoção do gás estabelecido entre as pleuras por meio de uma aspiração (punção pleural) ou de uma drenagem pleural fechada em selo d’água.
PNEUMOTÓRAX EM RECÉM-NASCIDO
O Pneumotórax é uma ocorrência extremamente comum no período neonatal.
Em geral, é observado em neonatos, principalmente pré-termos de baixo peso, os quais necessitem de ventilação mecânica.
Quanto menor a idade gestacional, maior será a chance de ocorrer um pneumotórax. Este pode ser pequeno, identificado durante a autópsia, quando o corpo submerso em água tem a musculatura intercostal perfurada e poucas bolhas de ar podem ser observadas ou, então, volumosos, levando ao rebaixamento diafragmático e das vísceras abdominais. Neste caso, o pneumotórax é do tipo hipertensivo e pode ser o determinante da morte.
Numa criança com pulmões rígidos, sobretudo a que respira assistida por um respirador artificial, pode filtrar-se ar dos sacos aéreos para o tecido conjuntivo pulmonar e daí para as partes moles localizadas entre o pulmão e o coração (este estado denomina-se pneumomediastino). Habitualmente não afeta a respiração e não requer tratamento algum. No entanto, o pneumomediastino pode progredir até transformar-se num pneumotórax hipertensivo.
O pneumotórax desenvolve-se quando
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