DEFINIÇÃO
Infecção aguda ou crônica dos seios da face, sobretudo da mucosa e dos fluídos das cavidades sinusais, podendo eventualmente se estender ao osso subjacente. Os seios da face mais comprometidos são os maxilares (90% dos casos) seguidos pelos etmoidais. A sinusite ocorre como complicação de um em cada oito episódios de infecções de vias aéreas superiores de adultos e de cerca de 2% das gripes e resfriados em crianças. Também ocorre devido a Rinite Alérgica, pólipos nasais ou outras causas de edema e inflamação da mucosa rinosinusal e de obstrução dos óstios de drenagem dos seios da face no nariz ou de comprometimento do sistema mucociliar.
SINAIS E SINTOMAS:
- Coriza
- Obstrução nasal
- Tosse
- Dor facial
- Febre
- Cefaléia
FATORES DE RISCO
- Viroses respiratórias;
- Rinite alérgica;
- Exposição ao cigarro;
- Imunodeficiências;
- Fibrose cística;
- Discinesias ciliares;
- Pólipo nasal;
- Defeitos do septo e palato;
- Corpo estranho no nariz;
- Assuar o nariz com pressão;
- Natação.
QUADRO CLÍNICO
O quadro mais comum é a persistência da coriza mucosa ou purulenta, flúida ou espessa, uni ou bilateral, obstrução nasal crônica, tosse e gotejamento pós-nasal por mais de 10 dias após um quadro gripal ou de rinite.
A dor ou sensibilidade à pressão ou percussão sobre o seio maxilar, sobretudo se unilateral, e nos dentes incisivos, é um dos sintomas mais valiosos. Nas sinusites etmoidais pode haver dor à pressão sobre a base do nariz. A dor facial ou sensação de peso tende a piorar quando se flete a cabeça para frente.
Pode haver febre significativa nas sinusites agudas, agudas recorrentes e nas agudizações de sinusites crônicas, mas as sinusites sub-agudas e crônicas são geralmente afebris. A dor de cabeça é facial nas sinusites maxilares, frontal ou na borda superior e medial da órbita nas sinusites frontais. Já “no meio da cabeça” ou irradiando para nuca nas esfenoidais e dor de garganta nas sinusites esfeno-etmoidais.
Dor de garganta e no ouvido pode ser devido à irradiação da dor ou por faringe ou otite associadas. Dor nos dentes pode ser por irradiação da dor sinusal ou por que a origem da sinusite é um abscesso dentário.
Outras queixas são astenia, mal estar, hiporexia, halitose, dificuldade de perceber cheiros (hiposmia), sensação de bolhas estalando dentro da face por abertura dos óstios.
A sinusite crônica tende a ser oligosintomática, com queixas nasais crônicas de coriza, congestão, obstrução e tosse, mas geralmente sem dor ou febre significativas.
DIAGNÓSTICO
- Diagnóstico com base clínica (anamnese);
- Rinoscopia anterior;
- Raio-X dos seios da face;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância Magnética;
- Fibronasolaringoscopia;
- Aspiração por punção do seio nasal;
- Transiluminação.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Polipose naso-sinusal;
- Sinusite Fúngica;
- Tumores do Antro maxilar.
COMPLICAÇÕES
Celulite periorbitária – manifesta-se por edema, sensibilidade, tumefação inflamatória da pálpebra, hiperemia da região periorbitária por progressão da infecção a partir dos seios etmoidais. Exige tratamento de emergência pois pode evoluir para abscesso periorbitário ou intracraniano, abscesso cerebral, meningite, neurite ou trombose do seio cavernoso.
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